(04/04/2022) A venda de vinhos finos, espumantes e suco de uva em janeiro e fevereiro de 2022 foi maior que nos dois mesmos meses do ano passado. O grande volume foi do ...
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Entre as categorias viníferas, as borbulhas tiveram melhor desempenho em janeiro, enquanto fevereiro foi o mês do vinho
04/04/2022
A venda de vinhos finos, espumantes e suco de uva em janeiro e fevereiro de 2022 foi maior que nos dois mesmos meses do ano passado. O grande volume foi do suco com mais de 19 milhões de litros somente em fevereiro, um incremento de 60,15% em relação ao mesmo período de 2021. No mesmo mês, os vinhos finos atingiram 1,2 milhões de litros, batendo fevereiro de 2021 em 34,39%. Já os espumantes tiveram melhor performance em janeiro com a venda de 1,1 milhão de litros, 89,16% a mais que o primeiro mês do ano anterior. Se as vendas estão crescendo no mercado interno é porque o brasileiro segue consumindo mais o produto nacional, o que demonstra que a qualidade do vinho brasileiro vem sendo percebida e aprovada.
Somando toda venda em janeiro e fevereiro se chega a 40.509.731 litros entre vinhos finos, espumantes e suco de uva, distribuídos em diversos canais e também direto ao consumidor. É um aumento de 53% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A expectativa é que o comportamento se mantenha em alta, especialmente em relação aos vinhos tintos com a aproximação do inverno. “O ano começou bem. Os eventos retornaram, o que é muito bom para movimentar o mercado de espumantes. Os restaurantes e hotéis voltaram a ter maior ocupação e, consequentemente, maior consumo”, destaca o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Deunir Luis Argenta. O empresário comenta, ainda, que o setor está muito otimista, ainda mais depois da Safra 2022 ter encerrado com êxito frente a qualidade das uvas, mesmo diante da forte estiagem registrada nos últimos meses.
Fatores econômicos, de logística, tributários, além da percepção da qualidade, do preço justo, o surgimento de novas regiões produtoras, o desenvolvimento do enoturismo e a própria mudança de hábitos com a valorização da produção local vêm contribuindo para o ganho de competitividade e, assim, avanço nas vendas. “O vinho brasileiro vive seu melhor momento na história da vitivinicultura nacional. “De gole em gole estamos conquistando mais espaço na mesa do brasileiro. Isso tudo é fruto de muito trabalho e investimento do vinhedo ao ponto de venda”, reforça Argenta.
Dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), mostram que hoje o consumo per capita de vinhos no Brasil é de 2,4 litros. A barreira por 2 litros foi rompida durante a pandemia.